Me Afino em Acordes Alterados
Zelia

Duncan
"Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual porque, sinceramente, sou diferente." (Clarice Lispector)
Sou como você me vê.
(...)Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante (...)
Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, Depende de quando e como você me vê passar.(...)" Clarice Lispector

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Observando sem Ab Sorver

 

Hoje fui até ali perto somente para ver o mar e para molhar meu corpo.
O dia estava nublado.
Acordei as três da manhã e não consegui dormir novamente,
 até tentei.
As quatro me levantei, fiz um café dos meus, voltei para o quarto e abri o computador e o blog e escrevi um pouco, visitei amigos de blogs. As cinco e meia caiu uma toró danado.
Aguardei um pouco mais e as seis e meia o tempo abriu e nem hesitei e sai logo.
Não tinha a pretensão de caminhar, na verdade queria mesmo era me sentar diante do mar e ver aquela maravilha e ouvir aquele som fantástico das ondas indo e vindo. Sem aviso começou a chover novamente e me abriguei no parquinho, tirei umas fotos até passar a chuvinha, dai voltei pra frente do mar, sentei na areia molhada e não pensei em nada nem em ninguém, só me deixei ficar ali...
Um bom tempo depois resolvi entrar na água, meu Deus! 
Que coisa boa aquela água morninha.
Me permiti depois de mais de dez dias a esquecer da vida fora daquele momento.
Não satisfeita, sentei na beira da água, ali naquele lugar onde a água vem e molha o pé da gente.
Parece que zerei minha vida e me tranquilizei de dentro para fora.
Quando achei que estava bom, voltei para a areia , vesti minha roupa e fui voltando pra casa sem pressa. Passei na padaria comprei pães quentinhos. Entrei em casa como criança que foi no parquinho.
Tomei meu banho e arrumei café para meus dois meninos. 
Comi pão depois depois de muito tempo, mas coloquei dentro uma fatia de pernil assado.
E assim esse dia meio estranho, mas cheio
de liberdade segue adiante...
Vou seguir observando.
CatiahoAlc.

3 comentários:

Touché disse...

A felicidade está nas coisas simples, depende do jeito como olhamos a vida. O mar,o sol, a chuva tem muita energia. Como diz o ditado; Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente..beijos, bom fim de semana

Isa Sá disse...

Das coisas simples se fazem os grandes momentos da vida.

Isabel Sá
Brilhos da Moda

SILO LÍRICO - Poemas, Contos, Crônicas e outros textos literários. disse...

Gostei da crônica tua!
Que o sonho não te abandone
Porque uma noite insone
É triste e isso atua
No humor, deixando crua
A nossa solidão em vez
De dar prazer dá, talvez,
Um vazio. E nada atenua.

Bela postagem, amiga Catia. Lindas imagens também. Toda praia sempre tem algo que a diferencia de uma outra, como a areia. Essa areia da foto é maravilhosa. Parabéns. Abraço. Laerte.



Meu Livro Novo!Informações pelo email;catiaho@hotmail.com

Meu Livro Novo!Informações pelo email;catiaho@hotmail.com

reciprocidade

Você que vai, foi ou está no consultório
médico. Você que ri e chora tendo vez
que chora mais do que pode sorrir tem
mais é que vencer a força do tempo que
age sobre todas as coisas e se possível
transformar o imutável.
Um minuto de felicidade deverá ser
transformado ou entendido como uma
vida inteira de alegria e, se acaso o
pranto lhe chegar aos olhos, entenda-o
como chuva de verão que vem, molha um
pouco, eu sei, mas não perdura. Vem,
tempera a terra e vai embora.
Este momento em que você, ansiosa,
espera pelo diagnóstico do seu médico
não é pior do que um vento que sopra a
sua saia, desalinha os seus cabelos, beija o
seu rosto e segue em frente.
Não admita a ideia do sofrimento
antecipado ou, mesmo que doa à beça, não
sofra porque o hoje, mais cedo ou mais
tarde ficará no esquecimento do passado.
Ria, portanto, sofra se não morrer, mas não
chore porque a vida é bela e o mal não faz
sentido.

silvioafonso.

2209010