Me Afino em Acordes Alterados
Zelia

Duncan
"Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual porque, sinceramente, sou diferente." (Clarice Lispector)
Sou como você me vê.
(...)Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante (...)
Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, Depende de quando e como você me vê passar.(...)" Clarice Lispector

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Observo tanta coisa que não Absorvo

 


Depois que essa malfadada pandemia chegou chegando tenho muita vontade e pouquíssima paciência para aturar bobagens. 
Lido com duas netas e sou da mesma forma que sou com as duas sou o  restante dos que convivo. Por fora vejo as idiotices e as bobagens que as pessoas falam ou fazem quando lidam comigo e simplesmente respiro fundo discretamente e se posso  mudo radicalmente de assunto e se não posso mudar de assunto escuto sem ouvir. Mas por dentro penso toda malcriação que puder e até mesmo simulo mentalmente que estão falando com a minha mão. Ouço de tudo, mas não escutar não deixa que eu me afete ou me magoe. 
É um tempo ruim, muita gente achando que a imunização ja é o suficiente; e não é. Infelizmente toda dor passada com  o isolamento parece não ter servido de nada, a não ser para pensarem que são o centro do mundo ou aínda mais umbigucionistas. 
Reafirmei nesse tempo a ideia que somos finitos, frágeis e nossa vida passageira. Não quero ser importante para ninguém que eu tenha de implorar para ser pelo menos respeitada. Com as duas netas eu aprendo a priorizar o necessário, já com todas as outras pessoas a meu redor eu  deixo seguir, só as vezes quando vão além do meu limite deixo escapar um " Vai a merda!... e com esse sorriso da foto.
Muitas vezes é maravilhoso  Observar sem Absorver.
 CatiahoAlc./Reflexod'Alma



2 comentários:

Tais Luso de Carvalho disse...

Não dá para dar ouvidos a tudo que se passa e a tudo que ouvimos por perto, Cátia! Mas prefiro não ir onde vejo que o lugar não vai se encaixar comigo. Também estou cansada de tantas mazelas desse país que diariamente nos oferecem como uma janta, temos de degluti-lo? Não. A coisa mais difícil é dizermos não, mas depois que aprendemos, amiga, essa palavra sai fácil, muito fácil.
Mas vamos aprender até os últimos de nossos dias, ainda bem...
Beijinho, uma feliz semana aí na sua belíssima praia! É a melhor coisa, caminhar na praia e desfrutar da liberdade.

Porventura escrevo disse...

Eu também. Chama-se azáfama de viver.
Deixamos para trás muita coisa que não devemos, mas também muita coisa que é melhor deixar para trás
:-)
Gostei



Meu Livro Novo!Informações pelo email;catiaho@hotmail.com

Meu Livro Novo!Informações pelo email;catiaho@hotmail.com

reciprocidade

Você que vai, foi ou está no consultório
médico. Você que ri e chora tendo vez
que chora mais do que pode sorrir tem
mais é que vencer a força do tempo que
age sobre todas as coisas e se possível
transformar o imutável.
Um minuto de felicidade deverá ser
transformado ou entendido como uma
vida inteira de alegria e, se acaso o
pranto lhe chegar aos olhos, entenda-o
como chuva de verão que vem, molha um
pouco, eu sei, mas não perdura. Vem,
tempera a terra e vai embora.
Este momento em que você, ansiosa,
espera pelo diagnóstico do seu médico
não é pior do que um vento que sopra a
sua saia, desalinha os seus cabelos, beija o
seu rosto e segue em frente.
Não admita a ideia do sofrimento
antecipado ou, mesmo que doa à beça, não
sofra porque o hoje, mais cedo ou mais
tarde ficará no esquecimento do passado.
Ria, portanto, sofra se não morrer, mas não
chore porque a vida é bela e o mal não faz
sentido.

silvioafonso.

2209010