Me Afino em Acordes Alterados
Zelia

Duncan
"Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual porque, sinceramente, sou diferente." (Clarice Lispector)
Sou como você me vê.
(...)Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante (...)
Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, Depende de quando e como você me vê passar.(...)" Clarice Lispector

sábado, 26 de março de 2022

Observo e Absorvendo entendo do que sinto falta

 

É verdade...

De tudo que tenho e que realizo nesse momento consigo
saber exatamente do que sinto falta de verdade.
Tudo que faço é bem estudado e obtenho sucesso pela força
do meu trabalho.
Estudo, assimilo, traço metas e assim a vida segue.
Porém sucesso, satisfação e realização não ameniza o que
de fato me falta. Sei que vai parecer bobagem mas sinto falta
exatamente do que essa imagem traduz: afago, afeto e até paparicação.
Desde a infância precisei ser forte, na juventude ao invés de me divertir
e fazer coisas irresponsáveis, não me foi permitido e quando eu já era
dona do meu nariz por conta da religiosidade que escolhi viver eu não quis
nada além do agradecer.
A Família, Marido, Filhos e Cia e até mesmo os Amigos costumaram me
ver firme, forte e aparentando nada precisar.
Porém digo que preciso sim, que sinto falta dessas bobagens de afeto.
Recentemente passei por uma situação extrema e acredito estar finalizando
um Ciclo de Vida e já começando outro.
Estou assustada e me sentindo bem no meio de uma tempestade, estou
abrigada porém solta bem no meio da ventania...
É verdade que me Observo e Absorvo esse tempo em paz comigo, mas
com um aperto no peito.
CatiahoAlc.

Um comentário:

Touché disse...

E que Deus te abençoe e te traga esse conforto,essa calma, esse afago. De certa maneira,os artistas são normalmente inquietos. Abração



Meu Livro Novo!Informações pelo email;catiaho@hotmail.com

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reciprocidade

Você que vai, foi ou está no consultório
médico. Você que ri e chora tendo vez
que chora mais do que pode sorrir tem
mais é que vencer a força do tempo que
age sobre todas as coisas e se possível
transformar o imutável.
Um minuto de felicidade deverá ser
transformado ou entendido como uma
vida inteira de alegria e, se acaso o
pranto lhe chegar aos olhos, entenda-o
como chuva de verão que vem, molha um
pouco, eu sei, mas não perdura. Vem,
tempera a terra e vai embora.
Este momento em que você, ansiosa,
espera pelo diagnóstico do seu médico
não é pior do que um vento que sopra a
sua saia, desalinha os seus cabelos, beija o
seu rosto e segue em frente.
Não admita a ideia do sofrimento
antecipado ou, mesmo que doa à beça, não
sofra porque o hoje, mais cedo ou mais
tarde ficará no esquecimento do passado.
Ria, portanto, sofra se não morrer, mas não
chore porque a vida é bela e o mal não faz
sentido.

silvioafonso.

2209010